Principais tendências para o e-commerce

Como o meio de e-commerce é praticamente 100% ligado ao de tecnologia e ainda em desenvolvimento, é normal que o mesmo sempre esteja acompanhando várias tendências, dessa forma, levantei 6 tendências tecnologias/processos que precisamos acompanhar para logo* adaptar nas operações aqui no Brasil.

*Existe diferença entre aposta e tendência, as que levantei nesse artigo, alguns grandes players, principalmente fora do Brasil, já utilizam nas suas operações, ou seja, já foram validadas. Então é questão de tempo para estarem acessíveis ao pequeno lojista, porque esses podem ser diferenciais de crescimento para o seu negócio online.

Integração de canais online e físicos

Falar de omnichannel já não é novidade, principalmente com o crescimento dos player do varejo físico crescendo sua venda online e usando a sua força de lojas e pontos de vendas como impulsionadores.

Mas acredito que o conceito de integração e omnicanalidade é muito mais que apenas habilitar a opção de retirada em loja, por exemplo, mas da sua marca ter uma presença física. Ainda existe uma desconfiança do consumidor online, isso é fato, então fomentar a sua marca para além do online deve ser uma atitude necessária.

Estou falando para agora você que tem loja online abrir uma loja física? Se for possível sim hehe, mas além disso pensar em ações de marketing offline ou ter algum contato físico com o seu cliente, seja na compra ou devolução.

Busque participar de forma ativa do dia-a-dia do seu cliente, não ficar contando apenas com anúncios patrocinados em ads.

Meios de Pagamento

Dentro de todas as áreas que envolvem ao e-commerce, a parte de pagamento é minha aposta para ser, junto com logística, a que mais deve ter mudanças para os próximos anos.

Se olharmos poucos anos pra trás, o pix nem existia e o mercado de carteiras digitais ainda não era popularizado, hoje já fazem parte do nosso dia-a-dia. Com o pix e boleto surgiram as possibilidades de parcelamento, excelente para quem não tem tanto limite de crédito.

Falando em crédito, principalmente com o crescimento das carteiras digitais integradas com os celulares, com várias possibilidades de cartões e já com crédito liberado, acredito que como próximos passos sejam as carteiras digitais atuando como gateways de pagamento, com um processo de pagamento ágil e dinâmico.

Com sinergia ao meio digital, as criptomoedas também tendem a fazer parte da operação de venda de um e-commerce, vejo potencial principalmente para desburocratizar a questão de pagamento.

Cross border

A grande vantagem da venda por e-commerce é que você tem limites geográficos para vender, se comparado a uma operação de loja física. Pensado dessa forma, não teriam motivos para vendermos produtos para todo o Mundo, certo? Médio.

Entendo que no Brasil existe uma questão de tributação e imposto para importar e exportar um produto, sendo até muito burocrática. Mas ser um e-commerce que faz operação de cross border, fora do Brasil, já é uma prática muito comum, tanto que em uma pesquisa da Webshoppers n°45 68% dos compradores realizaram compras em sites estrangeiros em 2021. E esse é um dado preocupante, vendo que é um dinheiro que está sendo movimentado para fora do Brasil.

Live Commerce

Mesmo que praticamente todo o processo de venda em um e-commerce seja “automático”, por pela praticidade, quando se pensa em clientes, todos gostam de se sentir exclusivos e parte do negócio. A ideia da live commece vejo como uma tendência de humanizar a imagem da marca com uma comunicação direta e presente com o seu consumidor.

O conceito de estar ao vivo, oferecendo algo que é apenas naquele momento e interagindo com quem está assistindo, é super forte para de conversão, tanto que segundo pesquisa feita pelo Grupo Bittencourt, a taxa de conversão da live commerce é de 16%, enquanto a do e-commerce tradicional é de 2%.

Compra por voz (Voice commerce)

Queremos cada vez mais praticidade nas ações diárias, sendo assim, muitas vezes pensamos apenas em mandar uma mensagem de voz pelo whatsapp do que escrever um texto ou perguntar para siri ou alexa que horas são e não olhar no relógio. Sendo assim, o que impede alguém de buscar ou fazer um pedido de compra apenas pedindo para o seu assistente de voz?

Dentro todas as tendências citadas, eu vejo essa sendo a menos incluída no dia-dia de uma operação de e-commerce, tanto que pesquisa realizada pela Uberall, apenas 4% das plataformas de e-commerce oferecem a otimização necessária para realizar compras por voz. Um dado preocupante, mas também pode ser um diferencial de quem se adaptar.

Como comentado no início, algumas dessas tendências já estão em pontuais operações no nosso dia, mas ainda vejo muito chão para percorrer no mercado de e-commerce no Brasil. Acompanhar as mesmas e traçar um plano para pelo menos ter elas no seu projeto será um diferencial para quem quer crescer online e físico.